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MARCOS GIRÃO

Biography: "Marcos Girão, de lo mental a los seres que no tienen materia Marcos Girão profundiza en la representación de la energía, de los diferentes estados de ánimo, seres que no son materiales, de todas aquellas sensaciones que existen que se pueden representar pero no verificar con los medios tradicionales. Busca y encuentra un medio de unión entre explosiones de alegría o de energía, como el orgasmo, o bien de aquellos seres que están con nosotros pero en otra dimensión con otros parámetros y movidos por una serie de circunstancias y necesidades paralelas pero vehiculadas de distinta forma. Expresionista, matérico, trabaja en técnica mixta, buscando el relieve de la composición para acentuar sus necesidades expresivas. Su discurso es biológico pero busca explicaciones metafísicas. Se basa en la vitalidad, en la expresión de lo evidente dentro de lo complejo inmaterial. Representa, en consecuencia, estructuras poco usuales. Su intención última es ligar lo real con lo no representado a partir de una obra que es abstracta, marcada por la acentuación de rasgos, por la potenciación de especificidades concretas hasta que el espacialismo se apodera de la pintura. Camina hacia la representación de la verdadera vertebración de una creación basada en la temática, condicionada a ella, en el sentido de que busca la idea, pero luego no se resiste tampoco a los encantos de la plástica. Encantos que son el verter color con energía, estructurar matéricamente la creación para darle mayor consistencia, conformando un discurso lleno de dinamismo, que no renuncia a la contraposición de elementos, para conseguir una mayor susceptibilidad visual que aumente el efecto contundente y, a la vez misterioso, ante los ojos del espectador. Fantasmas, seres de otro mundo, exclamaciones, situaciones extremas, almas empeñadas en buscar una salida al laberinto de las pasiones e intereses, vibraciones, movimientos en el más allá de las sendas, en la estructuración compleja de los avatares, en la idiosincrasia especial de los haberes, en la firmeza de lo diverso explican que Marcos Girão constituya a lo largo de su producción un verdadero alegado de lo mental, partiendo de lo no visible pero existente. Joan Lluís Montané Asociación Internacional de Críticos de Arte" Country: PORTUGAL Birthyear: 1954 Galleries: Museu Dr. Santos Rocha, Turismo, Câmara Municipal, Quinta de Stª Catarina, Grande Casino Peninsular da Figueira da Foz(antigo salão nobre, galeria, salão da discoteca Kastigo, hall de entrada, sala de cinema), Palácio Sotto Mayor, Galeria de Arte do Casino Estoril, Forum Portugal Telecom Lisboa, Galeria Casa das Artes Algarve, Casino de Monte Gordo Algarve, Galeria Cris-Shoop Coimbra, Cooperativa-Arte Porto, Galeria Dell Bello Toronto,etc etc etc,... Decerto que ainda deixo muitas por contar, nomeadamente algumas mostras em bares e restaurantes, que ai eu considero mostra e não exposição. Mas sempre quis dar saltos, até porque a Figueira sufoca a mente de qualquer pintor; há que ver o Mundo, fazer buscas em outros lugares e culturas, lidar com outros povos, até para podermos olhar a nossa pintura sobre mais que uma perspectiva. Daí que tenha feito um trabalho para representar na EXPO 98, "Homenagem aos Mares e aos Descobrimentos"; este trabalho esteve depois, por empréstimo, no Aquário Vasco da Gama, durante mais de 1 ano. Em 1999 sou convidado para expôr no Fórum Portugal Telecom, durante a "ExpoLingua Portugal 99", em Lisboa. Em 2001 exponho na Fundação Dionísio Pinheiro em Águeda. Mais recentemente: acabei de receber esta nota biográfica sobre a minha obra exposta no país vizinho, para onde acabo de ser convidado para representar uma galeria de Barcelona numa digressão de exposições pela: Suécia, Noruega, Alemanha, Bélgica, Inglaterra e Eua: Awards: "Não se ver prezado o verso e a rima: Porque quem não sabe arte não na estima." Luís de Camões A obra de Marcos Girão é fundamentalmente uma pintura do signo, uma caligrafia. O traço, o desenho, um desenho cromático, o gesto de que uma marca fica sobre a superfície, são determinantes ao conjunto do seu vocabulário plástico. Quer quando sobre um fundo monocromo dois ou três traços, ou manchas, afirmam o seu laconismo ou a sua estridência, quer quando ensaia soluções Ali-Over. Neste caso forma e fundo deixam de perceber-se como tais e surgem indivisíveis, com a subversão compositiva que daí advém. É em aspectos como a linha, o plano, a composição, a textura, a obra de Marcos Girão resolve-se em termos que não sendo totalmente novos, são de uma coerência indiscutíveis. A sua poética expressionista e a sua estilística informal dispõem de uma genealogia que se identifica com facilidade, mas não é isso que basta para lhe recusar o seu valor. O seu valor comparece não pela originalidade mas pelo modo de tratar a matéria pelo seu caracter de sistema, logo linguagem e pelo facto de representar, no panorama de Coimbra, um passo em frente muito nítido. Do dito anteriormente pode haver quem se sinta tentado a pensar esta pintura como uma pintura meramente decorativa. Será uma dedução e uma abordagem da obra superficial. Com efeito, se privilegiei as dimensões formais, sintácticas, isso não pode ser entendido como prova de que a pintura de Marcos Girão está desprovida de significados, é um vazio semântico. Na linha da abstracção lírica em que se integra a área da semântica define-se em significados que se subtraem aos ditames da representação documental ou reconstituinte e a uma disposição criteriada logicamente. As verdades, as certezas, os sentidos, os valores decorrem de premissas alógicas, não racionais e sobretudo provenientes de estados anímicos espontâneos. A significação, a vasta e rica significação dos gestos, a energia que são capazes de desencadear, a sua força existencial, procuram estabelecer-se como uma autenticidade que está aquém e além de razões. Os signos convulsos, agitados denunciam dramatismo; o traço severo, denso, em conjunção com a cor: mostra um lirismo melancólico ou alegre. A cor é umas vezes signo lúgubre, outras é na sua pureza hino ou cântico vital. Vitalismo eis uma palavra que parece convir ao espírito que informa a maior parte das obras expostas. Há ainda na obra de Marcos Girão muito por encontrão. Para que esse encontrão aconteça é necessário muita procura. Recorro deliberadamente às palavras um dia usadas por Picasso e exactamente com o sentido oposto. Mas Picasso foi um génio não foi uma norma, e por isso estas suas palavras, mesmo se correspondem á realidade o que duvido, não podem ser entendidas como mandamento. O que não pode é recusar-se à obra de Marcos Girão um sentido afirmativo, coerente, um estilo, porque o trajecto já cumprido é suficientemente nítido e pode ser apresentado como garante. Prof. Dr. Joaquim de Matos Chaves _________________________ _________________________ A Pintura Viva de Marcos Girão _________ Manuel Bontempo ___________ Filosofando com as tintas, com os desenhos, ideias vanguardistas, tudo passa pela mente deste artista desaguando a sua inquietude não raro no surrealismo ou no abstraccionismo e passa pelo impressionismo ou expressionismo com segurança, conforme o pathos ou a idiossincrasia, e transmite expressivos quadros, numa voz sem arestas gritantes, ora com sobressaltos preconcebidos ora com sossegos laborados em profunda meditação. Irrequieto. Inconformado. Mostra através destes anos todos um filme diversificado pela inter-assimilação da cultura onde fica o seu facie psicológico que fazem de Marcos Girão, um criador nato, mesmo dentro da sua misantropia, que o transporta a afinidades a Braque, Monet, e perpassa amiúde, Chagall e na boémia Maurice Utrillo, no caminhar por trilhos diversos, inquietos, irreverentes, na colheita das ideias, no brotar da pureza das nascentes, na luz incandescente de uma arte rebelde, acordada contra o torpor num amar a arte ou na procura de formas, de fantasiar, em plenos céus da inspiração que lhe granjearam um lugar relevante na pintura portuguesa. Nefelibata. Se parece, por vezes, possuir um ar de loucura (sem interpretação freudiana)), de comentador de fisionomias humanas nas intimas reacções da sua pintura comunicante e desconfiada, como brincasse com a inteligência de cada um de nós, é nas perspectivas libertas que desmistifica a mediocridade e o postiço, numa forma e num conteúdo que sugere a imponderabilidade de sugestão cultural que faz deste artista-nato um agente vivo da nossa cultura. Desde a década de 70 que Marcos Girão tem distribuído pelo país e Espanha o seu individualismo com uma leitura para entendidos e diletantes, críticos e snobes, em proporções corpóreas como uma rapariga de Corinto já que a sua pintura, arte, tem o sensualismo da mulher linda, lavada, que se deseja e que este pintor nos entrega ora num impressionismo actual e ora num expressionismo de escorreita gramática. As suas exposições têm o seu timbre uma irreverência sadia, alegre, e um meditar da narrativa demonstrativa do humanismo do auto, que pode ser o de cada um, conforme o poder de absorção de quem vê e lê os seus quadros. Neste artista há uma mobilidade constante da cor que lhe fornece uma originalidade de conteúdos, desde a figura, à paisagem, e marca sempre um valor num processus genético do lirismo da tal cor que transpõe as perspectivas para um mundo alongado, de ressonâncias que ficam nos olhos, na sensibilidade, onde a seriedade deste pintor nunca fica em causa com os pormenores bizantinos ou das circunstâncias fortuitas. O sensualismo da forma, ou um determinado exotismo, é a revelação da descoberta que Marcos Girão através dos anos desenvolve tornando-se o seu quid que se cinge a uma esquadria numa tentativa de trânsito para uma sonhada transcendência à iminência, que, por vezes, lhe rouba o fôlego da criação. E é, certamente, nesta antinomia que o pintor se vincula mais à criação na limpidez da linguagem que sofre entorses quando existe momentos de procura intelectualizada que vai ofuscar a profunda consciência pictural do quadro. Mas a forma de conhecimento deste pintor ágil e cerebral adquire a exploração interior e sai com frescura de um ou outro beco pleno de sombras na angústia da criação. Pintor de momentos inolvidáveis e de outros menos conseguidos é um teorizador da pintura, ora num exotismo singular e ora num formalismo de movimentos que equaciona matematicamente a arte, o quadro, para lhe dar a presença que modularmente honra a arte. Pintar é o fado de Marcos Girão. Afaga as tintas, os quadros, dá-lhe vida e solta-os pelo país, Espanha, França, sem trombetas. Talvez seja uma forma de moldar a vida, a existência tipo Husserl, ou mesmo Sartre, de transformar tudo em "essências", ou como Max Scheller, em considerar a pintura como a arte duma cabeça bem organizada e rebelde a preconceitos obsoletos, ou seja criador de quimeras na sua boémia de Utrillo, certo é, este pintor possuir os móbiles da criação humanizada, integrada no nosso mundo abstraindo toda a sexualidade cívica e artística. Espiritualiza a Pintura desnudando a sua Alma, como fosse poeta, ou Torga ou mesmo Manuel Alegre, e afaga os pincéis como o fizesse ao rosto do antigo grego e enterra a sua "clausura", num copo de absinto e nas pinceladas nervosas que dão novos quadros... ________ Jornal - "O Despertar" 07-10-2005 Media: other, pintura Style: other, Ali-Over Subjects: other